No mês de fevereiro de 1692, a filha do Reverendo Samuel Parris, um líder religioso em Salem, com apenas nove anos de idade, adoeceu. Naquela época, eles residiam em uma colônia britânica puritana, onde a igreja desempenhava um papel dominante. A pequena menina estava enferma e manifestava sintomas estranhos. Ela contorcia-se de dor, gritando e alegando ser atacada por insetos. Após algum tempo, a sobrinha do reverendo, também com onze anos de idade, e outra garota da mesma idade adoeceram também.
Conforme mencionado anteriormente, a igreja exercia o controle absoluto sobre a colônia. As três garotas foram submetidas à pressão por parte dos líderes religiosos da região, que atribuíam todos os eventos ao diabo. Essa influência levou as garotas a acusarem três mulheres pelo que estava ocorrendo. Quem eram essas mulheres acusadas? Sarah Osborne, uma mulher idosa; Sarah Good, uma mendiga; e Tituba, uma escrava
No mês de março do mesmo ano, iniciaram-se os julgamentos das três mulheres. Tituba, possivelmente acreditando que sua vida poderia ser poupada caso fizesse uma confissão, afirmou ter recebido a visita do diabo e se tornado sua serva. Muitos relatam que ela foi submetida a tortura até admitir que possuía um pacto com o diabo. Além disso, ela acusou outras mulheres de conspirar contra a colônia. Tanto Tituba quanto as demais mulheres, que se declararam inocentes, foram detidas e presas.
Esses eventos desencadearam uma histeria coletiva. Acusações começaram a surgir e até mesmo uma criança de apenas quatro anos de idade foi detida durante os julgamentos. Um ministro da igreja chegou a ser enforcado, sendo considerado o líder das bruxas e também acusado de ter lançado feitiços em soldados durante uma batalha contra índios, na qual ele foi derrotado. Uma verdadeira loucura, não é mesmo?!
Após diversas mulheres terem sido presas e executadas, o governador William Phipps decidiu colocar um fim a todo esse caos. Ele recebeu um pedido do presidente da Universidade de Harvard, que denunciava o uso de evidências especulativas, como testemunhos baseados em sonhos e visões. O presidente da universidade expressou o seguinte: “É melhor que dez suspeitas de bruxaria escapem do que uma pessoa inocente seja condenada”.
Considerando que até mesmo a esposa do governador estava sendo acusada de bruxaria, ele optou por encerrar todos os julgamentos no dia 29 de outubro.
Após o governador William Phipps ter colocado um fim àquela confusão, muitas pessoas reconheceram o equívoco e assumiram publicamente a culpa. No entanto, somente no ano de 1702, os julgamentos foram oficialmente considerados ilegais. Nove anos depois, em 1711, todos os indivíduos condenados no “Julgamento das Bruxas de Salem” tiveram seus nomes limpos. Além disso, os herdeiros dessas pessoas receberam compensações financeiras. Foi apenas no ano de 1957 que o estado de Massachusetts formalmente pediu desculpas pelo ocorrido.
Conforme mencionado no item 4, muitos consideram esse caso como um exemplo de histeria ou paranoia coletiva. A psicóloga Linda Caporael, por exemplo, apresentou uma teoria em sua tese que atribui os estranhos sintomas das crianças a um fungo encontrado no pão. Esse fungo pode desencadear espasmos musculares, vômitos e alucinações. Agora, imaginem quantas pessoas foram mortas por serem erroneamente consideradas bruxas.
O trágico episódio do “Julgamento das Bruxas de Salem” nos remete a um período sombrio da história, onde o medo e a desconfiança se tornaram forças avassaladoras. A histeria coletiva que tomou conta daquela comunidade puritana resultou em acusações infundadas, julgamentos injustos e a execução de pessoas inocentes. Esses eventos trágicos nos mostram o poder perigoso da ignorância e da manipulação, bem como a importância de uma justiça baseada em evidências sólidas.
É crucial refletir sobre essa história para evitar a repetição de erros passados. Devemos valorizar o devido processo legal, a presunção de inocência e a busca pela verdade, em vez de ceder ao pânico e à perseguição. Ao examinar as causas desse episódio sombrio, também nos lembramos da importância de aprender com os erros e buscar uma sociedade mais justa e compassiva.
A história das Bruxas de Salem permanece como um lembrete impactante de como o fanatismo e a falta de compreensão podem causar danos irreparáveis. Que esse triste capítulo da história nos inspire a promover a tolerância, o respeito mútuo e uma busca incansável pela verdade, para que possamos construir um mundo mais justo e equitativo para todos.
E você, já conhecia toda a história do “Julgamento das Bruxas de Salem”? Comentem!
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