A Bíblia oferece poucas informações sobre Terá, o pai de Abraão. Na verdade, quase nenhum detalhe específico sobre sua vida é revelado. O que se sabe é que a ancestralidade de Terá remonta a Sem, filho de Noé (Gênesis 11:10).
Ao analisar a breve genealogia de Sem, percebe-se que os antecessores mais próximos de Terá foram Naor e Serugue. Nesse contexto, o texto bíblico afirma: “Serugue viveu trinta anos e gerou Naor. Depois de gerar Naor, Serugue viveu duzentos anos e gerou filhos e filhas. Naor viveu vinte e nove anos e gerou Terá” (Gênesis 11:22-24).
É verdade que a genealogia apresentada em Gênesis 11 pode conter lacunas, dificultando uma afirmação precisa de que Naor tenha sido o pai de Terá e Serugue seu avô. Se considerarmos essa genealogia como exaustiva e cronológica, então Sem teria vivido além do tempo da morte do patriarca Abraão.
Portanto, é mais provável que essa genealogia mencione Terá como uma representação, destacando apenas as pessoas mais importantes daquela linhagem. Além disso, o objetivo principal do escritor de Gênesis ao registrar a genealogia de Sem era introduzir a história de Abraão, enfocando a formação do povo de Israel e enfatizando a linhagem messiânica.
Isso é evidenciado posteriormente, quando a Bíblia informa que Sara, a esposa de Abraão, era sua meia-irmã por parte de pai (Gênesis 20:12). Em outras palavras, o pai de Abraão também era o pai de Sara, que naquela época ainda se chamava Sarai.
Portanto, é possível que o pai de Abraão tenha tido outros filhos que não são mencionados na Bíblia por não serem relevantes para a história. O fato de o filho e a filha de Terá terem se casado entre si deve ser compreendido no contexto de que, naquela época, esse tipo de relação entre parentes não havia sido explicitamente proibido por Deus (cf. Levítico 18:6-18).
Além disso, naquela época, a família de Terá seguia costumes idólatras, o que significa que o conhecimento de Deus não havia sido preservado em sua linhagem. Após o dilúvio, a humanidade se rebelou novamente contra a vontade do Senhor, conforme a Bíblia registra no episódio da Torre de Babel.
Na Bíblia, os filhos homens de Terá são mencionados na seguinte ordem: Abrão, Naor e Harã. No entanto, muitos estudiosos argumentam que não é possível determinar com precisão se Abrão foi o filho mais velho de Terá.
Alguns intérpretes sugerem que Harã, o irmão de Abrão e pai de Ló, que faleceu antes da família migrar para o Norte, pode ter sido o primogênito de Terá. No entanto, independentemente da ordem de nascimento, a Bíblia afirma que Terá havia gerado Abrão, Naor e Harã aos setenta anos de idade (Gênesis 11:26).
Terá e sua família migraram da cidade de Ur, no sul, em direção ao norte, em direção a Canaã. Após percorrer uma distância de aproximadamente oitocentos quilômetros, eles se estabeleceram temporariamente na cidade de Harã.
Na época de Terá, tanto Harã quanto Ur eram centros de adoração ao deus sumério da lua, chamado Nannar. O livro de Josué menciona que Terá era um idólatra (Josué 24:2). Isso reforça o fato de que Deus chamou Abraão de forma soberana, saindo do meio do paganismo, para se revelar a ele e estabelecer uma aliança com Abraão e sua descendência (Josué 24:3).
Alguns comentaristas sugerem que é possível que o pai de Abraão tenha se tornado um adorador de Yahweh, levando em consideração o fato de que a experiência religiosa de Abraão foi a base para a migração da família de seu pai, saindo da idolátrica Ur dos Caldeus. No entanto, é importante notar que, após deixarem Ur, a família de Terá parou em Harã, outra cidade politeísta. Portanto, é difícil chegar a uma conclusão definitiva nesse sentido.
Além das breves referências no Antigo Testamento, Terá também é mencionado no Novo Testamento, na genealogia de Jesus, bem como indiretamente na pregação do diácono Estevão (Lucas 3:34; Atos 7:2-4). O livro de Gênesis relata que Terá viveu duzentos e cinco anos e faleceu em Harã (Gênesis 11:32). Foi somente após sua morte que Abraão partiu para Canaã.
O texto acima nos leva a refletir sobre a complexidade da trajetória de Terá, o pai de Abraão, e sua família. Ele mostra como a jornada de fé de Abraão teve suas raízes na migração de sua família de um ambiente idolátrico para outro.
Essa transição de Ur para Harã revela as lutas e desafios que podem surgir quando buscamos seguir um caminho de fé em meio a influências contrárias. Além disso, o texto destaca a importância de reconhecer que o encontro com Deus é uma experiência pessoal, e cada indivíduo tem sua própria jornada e oportunidade de se aproximar do divino.
É um lembrete de que a fé e a relação com Deus são uma escolha individual, e cada um deve buscar sua própria conexão espiritual, mesmo que isso signifique deixar para trás tradições e práticas arraigadas.
Bate-Seba, também conhecida como Batseba, foi uma das esposas do rei Davi e mãe de…
Fazer promessas, o que a bíblia diz sobre isso? Leia todo o artigo e deixe…
Hoje neste artigo, nós vaos falar de 11 lugares antigos da bíblia sagrada. As escrituras…
Desvendando as Riquezas e o Dinheiro da Igreja Católica: Um Olhar Profundo e Revelador A…
Hoje vamos falar sobre um tema importante: como reconhecer pessoas invejosas. As pessoas invejosas podem…
Maria Madalena era uma adepta de Jesus Cristo que foi mencionada na história do Novo…