Em meio a segunda guerra um ato papal enfureceu Adolf Hitler. O papa da época, mais precisamente 1937, era Pio XI e seu ato teve um preço auto.
Era 14 e março daquele ano quando Pio XI publicou a carta encíclica que na verdade é uma circular que foi enviada aos bispos de todo mundo.
Aquilo foi um feito de grande ousadia. Inclusive é considerada com o primeiro comunicado de um chefe de estado europeu contra o regime de Hitler, uma critica ao nazismo. Também foi a primeira carta encíclica em alemão.
Mas o que levou o papa Pio XI a confrontar o temido bigode alemão?
Acontece que alguns anos antes, em 1933, Pio XI fez uma negociata com o bigode alemão, uma concordata com Hitler. Através desta, ele assegurava os direitos dos católicos no país.
Mas mesmo com o acordo diplomático, o papa percebeu que o ditador alemão não estava honrando seus compromissos.
Na carta encíclica ele condena algumas ações do regime de Adolf, mas principalmente o mito da raça e sague puro.
Da para perceber em uma de suas passagens onde ele ataca diretamente Hitler.
Ele diz o seguinte:
“Aquele que, com sacrílego desconhecimento das diferenças essenciais entre Deus e a criatura, entre o Homem-Deus e o simples homem, ousar colocar-se ao nível de Cristo, ou pior ainda, acima d’Ele ou contra Ele, um simples mortal, ainda que fosse o maior de todos os tempos, saiba que é um profeta de fantasias a quem se aplica espantosamente a palavra da Escritura: ‘Aquele que mora nos céus zomba deles”.
O papa ordenou que a carta fosse distribuída em toda Alemanha de maneira estar nas mães de bispos, padres, capelães. Também foi ordenado que tal carta devesse ser aperta e linda no domingo 21 de março de 1937, domingo de ramos. O papa escolheu essa data por com certeza as paróquias estariam cheias.
A ofensiva do papa pegou todos de surpresa, estado e população não imaginavam o que estava por vir. A partir daí teve inicio uma forte propaganda anticlerical e o conteúdo da carta foi censurado.
Imediatamente o inescrupuloso ditador alemão começou uma perseguição aos católicos. Em maio daquele ano 1100 padres e religiosos foram presos. No ano seguinte, após prisões, Hitler envia 300 sacerdotes para o campo de concentração de Dachau.
O regime de Adolf Hitler cai por terra em 1945. Calcula-se que 11 mil sacerdotes sofreram algum tipo de medita punitiva do regime alemão. E fatalmente, desses, muitos foram parar em campos de concentração.