Pastora Flordelis: Rituais Secretos Com Nudez Sangue e sexo

Um nome construído através do evangelho de Cristo e de muitas, muitas ações sociais. Ao menos é o que ficava visível para as pessoas, essa era a casca da mulher Flordelis: bondosa, caridosa, mãe de mais de 50 filhos; e uma servidora de Deus que inclusive construiu um império religioso chamado “ministério Flordelis”.

Além do fato de ser criminosa, uma serie de outros fatos envolvendo a pastora evangélica também veio à tona.

Segundo informações contidas no próprio inquérito, dadas por um dos depoentes, a casa tinha uma rotina que envolvia rituais secretos com uso de sangue, nudez e sexo.

O depoente que relata a maioria destas informações morou na casa da pastora por 5 anos. Isso no fim dos anos 90. A testemunha, que foi ouvida no inquérito que apura a morte do pastor Anderson do Carmo, afirmou considerar que participava de uma verdadeira seita e revelou que chegou a manter relações sexuais com a parlamentar. Essas informações estão no site do extra.

O homem contou à polícia que conheceu Flordelis em 1995, quando participava de um grupo de orações em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Nesta época, a pastora Flordelis o convidou a participar do grupo de orações em sua casa. Naquele momento ela morava no Rio Comprido, Zona Norte do Rio. Ele logo passou a também residir no local. Naquela época, o pastor Anderson também já integrava a família.

O homem contou a DH que ao chegar à casa precisou fazer um ritual de purificação. Neste momento ele foi obrigado a ficar isolado por 7 dias e só usava roupas brancas. A alimentação era restrita a nozes e legumes. Apenas algumas poucas pessoas poderiam entrar no quarto.

Nas palavras da testemunha, naquele período de isolamento, certo dia Flordelis foi ao quarto e eles fizeram sexo. Depois daquele dia eles passaram a se envolver sexualmente mais vezes. Ele relembra que aquilo causou meio que o efeito mágico, pois era praticamente como se tivesse transado com um ser divino; pois era assim que Flordelis se apresentava. Isso está em trechos do depoimento.

Ele também deixa claro que não sabe se naquele momento o Pastor Anderson já tinha envolvimento amoroso com ela. Lembramos que em sua biografia, a pastora afirma ter começado a namorar com Anderson em 1993.

Sangue para Escrever o Salmo 

A testemunha também relata aos policiais da DH que viu um ritual onde a Flordelis mandou que alguns de seus filhos cortassem a mão e escrevessem com sangue salmos da bíblia. Naquele período a pastora Flordelis já abrigava cerca de 30 crianças.

Ele diz que também viu outro ritual feito pelo filho afeito de Flordelis, Alexander Felipe Matos Mendes, o vulgo Luan, a mando da mãe. O rapaz teria colocado a foto do empresário Pedro Werneck em cima de uma maçã com fitas coloridas, sendo jogado mel por cima. O ritual tinha o objetivo de iluminar Pedro para ele conseguir algo para o grupo. É importante falar que o empresário ajudou financeiramente a família de Flordelis até poucos anos atrás.

Ritual com pastor nu

A testemunha também relatou que na casa nova, de Jacarepaguá, ele participou e um ritual que antes era proibido. Neste ritual o pastor Anderson ficava pelado no centro de um circulo feito giz. Neste momento a pastora Flordelis fazia uma reza, ou espécie de mantra, onde fazia uma oferenda do pastor nu.

Na casa nova a testemunha também percebeu como o pastor Anderson era o centro da família, tudo estava em torno dele. Ele relata também que foi feita uma reunião pelo pastor Anderson onde ele disse que aquele novo grupo de pessoas seletas, do qual o homem começou a participar, se chamava “anjos caídos”. E também que Flordelis estava ali para recuperá-los. Anderson disse que Flordelis era, na realidade, um querubim de nome Queturiene, mas aquele assunto era reservado e restrito a um grupo da casa.

Afirmando que todos do grupo restrito eram anjos que ela estaria salvando, Flordelis colocou nomes em todos. Anderson do Carmo era Daniel ou Niel, Carlos Ubiraci era Rubem, Wagner Andrade Pimenta passou a ser Misael e Alexander, Luan.

Misael, Luan e Carlos são filhos afetivos de Flordelis e passaram a conviver com a pastora ainda na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. Os dois primeiros romperam com a mãe após a morte do pastor Anderson.

O Ministério Público estadual recebeu informações anônimas das práticas que existiam na casa de Flordelis no Jacarezinho. Em duas delas, as denúncias eram de que a deputada fazia rituais de magia negra. As informações foram encaminhadas para a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá.

Acusações graves de sexo com adolescentes

A testemunha também relatou outro ritual secreto grave em relação a Anderson e Flordelis. Ela disse a delegacia de homicídios que após uma adolescente ter recém-chegado na casa da pastora, Anderson pediu a Flordelis autorização para fazer sexo com a jovem. “Segundo ele Flordelis autorizou e que de fato isso ocorreu várias vezes. No entanto, a jovem não gostava dessa situação, mas obedecia ao que era determinado por Flordelis”. Em trechos do depoimento ele ainda relatou que Flordelis recebia pastores estrangeiros em sua casa e uma das filhas era oferecida sexualmente para eles.

Em 2000, quando já namorava a atual esposa, o homem resolveu sair da casa de Flordelis. Ele contou à polícia que quando a sua mulher teve conhecimento do que ocorria na casa da deputada, fez uma denúncia à Convenção de Ministros das Assembleias de Deus do estado do Rio.

O homem também contou aos policiais que recentemente foi diagnosticado com transtorno de personalidade esquizotípica e toma medicamentos regulares há seis meses. O homem contou que a doença não chegou a se manifestar ou lhe incomodar em épocas anteriores.

Procurada pelo EXTRA, Flordelis afirmou que a testemunha deveria provar as acusações que estava fazendo:

— Isso é algo que responderei a ele judicialmente. Ele terá que provar o que ele fala porque são coisas muito graves e sérias que ele fala.

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